ANÁLISE DE TESE 1
por Rafael Tursi*
Título | Abordagens à cena inclusiva: Princípios norteadores para uma prática cênica acessível | ||||
Autor(a) | Márcia Berselli | ||||
Orientador(a) | Marta Isaacsson de Souza e Silva | ||||
Instituição | Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS | ||||
Grau | Doutorado | ||||
Área de concetração | Artes Cênicas | ||||
Catalogação bibliográfica | BERSELLI, Marcia. Abordagens à cena inclusiva: princípios norteadores para uma prática cênica acessível. 2019. 298 f. Tese (Doutorado em Artes Cênicas)-Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2019. | ||||
Resumo | A presente investigação está inserida no campo dos estudos dos processos de criação cênica, tendo por objetivo central a identificação de princípios de base para práticas cênicas que possibilitem a interação de artistas/jogadores com e sem deficiência física. A pesquisa acolhe três problemáticas: primeiro, as peculiaridades de uma cena efetivamente inclusiva do ponto de vista da presença da pessoa com deficiência; segundo, os princípios norteadores de processos formativos para essa mesma cena; e terceiro, a natureza das relações profissionais e éticas nesses processos. Para seu desenvolvimento, a pesquisa se cerca de referenciais artísticos e teóricos bem como de investigação empírica com um grupo formado por pessoas com e sem deficiência. No que diz respeito aos referenciais teóricos destacam-se estudos das artistas e pesquisadoras Albright (1997; 2013), Johnston (2012; 2016) e Kuppers (2005; 2007; 2011; 2014). De modo a efetivar uma prática cênica acessível, o estudo defende a necessidade de transgressão da construção social da deficiência em três aspectos, rompendo os padrões relativos ao ver, ao fazer e ao conviver. Toma-se como pressuposto à cena inclusiva a promoção dos colaboradores a agentes efetivos da criação, apresentando transformações que desestabilizem modos de ver e de fazer nas artes cênicas a partir do reconhecimento da construção social da deficiência e da abertura à inventividade e aos saberes artesanais; bem como nos modos de conviver, a partir da articulação de coletivos híbridos, que aproximam as pessoas com e sem deficiência, em modos de trabalho que prezam pela visibilidade de todas as etapas do processo criativo e pela participação do coletivo nas decisões. | ||||
Palavras-chave | Teatro; Dança; Cena inclusiva; Pessoa com deficiência; Disability Studies; Acessibilidade. | ||||
Objetivo | Identificar princípios de base para práticas cênicas que possibilitem a interação de artistas e jogadores com e sem deficiência física. Interessa compreender como as práticas são articuladas em grupos formados por pessoas com e sem deficiência (grupos híbridos), buscando privilegiar as potências criativas emergentes das relações entre esses diferentes criadores. | ||||
Estrutura | O trabalho conta, em sua estrutura, com uma organização em três capítulos, mais uma área intitulada Aspectos Preliminares, além dos elementos pré e pós textuais (incluindo sua introdução e conclusão). A saber: Aspectos Preliminares Apresentação do modelo social e do modelo médico sobre questões que abarcam a construção social do termo pessoa com deficiência; contextualização da produção acadêmica a respeito da participação da pessoa com deficiência nas artes cênicas; apresentação dos grupos Cia Gira Dança e Bureau de l’APA; e apresentação da Oficina Teatro Flexível 1.0 Transgredindo os padrões do ver: Princípios estético-éticos de uma cena inclusiva Discussão sobre concepções atribuídas ao corpo humano, bem como de aspectos importantes à construção social da deficiência. As perspectivas são apresentadas de modo a problematizar a questão da presença de pessoas com deficiências nas práticas de artes cênicas. Principais referenciais de diálogo: Davi Le Breton, Cia Gira Dança e Bureau de l’APA. 2.0 Transgredindo os padrões do fazer: A Interação entre pessoas com e sem deficiência revelando princípios norteadores para uma prática cênica acessível Descrições, reflexões e problematizações, a partir da Oficina Teatro Flexível, prática desenvolvida com um grupo de mulheres com e sem deficiência durante os anos de 2017 e 2018, evidenciando a necessidade de revisão de modos e métodos, forjando espaços de inventividade e criatividade. Apresenta, ainda, os princípios norteadores experimentados na busca por uma cena acessível, destacando as práticas e estratégias de criação utilizadas: abordagens somáticas do movimento e ciclos de criação. Principais referenciais de diálogo: Ann Cooper Albright e Petra Kuppers. 3.0 Transgredindo os padrões do conviver: As relações entre os indivíduos indicando à acessibilidade Análise da autora sobre sua atuação enquanto facilitadora do processo criativo desenvolvido com o grupo híbrido, analisando as relações de poder implicadas quando do encontro de corpos, repertórios e saberes diversos. Principais referenciais de diálogo: Pedro Kuppers e Pierre Bourdieu. | ||||
Metodologia | Pesquisa qualitativa, com revisão bibliográfica, estudo de caso e pesquisação. | ||||
Páginas | 298 | ||||
Disponível em | |||||
Mídias extra-texto
Imagens | 44 | Gráficos | 0 | ||
Tabelas | 0 | Hiperlinks | 33 |
Dados quantitativos das referências de pesquisa utilizadas
Monografia | 0 | Artigo | 37 | Legislação | 3 |
Dissertação | 16 | Livro | 52 | Imprensa | 3 |
Teses | 3 | Entrevista | 11 | Vídeo | 3 |
TOTAL | 128 | ||||
Lingua dominante das referências de pesquisa utilizadas
Português | 74 | Espanhol | 3 | Italiano | 1 |
Inglês | 30 | Francês | 20 |
Observação
*Todos os dados foram extraídos do texto do(a) pesquisador(a). | |
A dissertação de Rafael Tursi aparece entre os referenciais de pesquisa utilizados pela autora. |
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