UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - UnB
INSTITUTO DE ARTES - IdA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARTES CÊNICAS
DISCIPLINA: Metodologia de Pesquisa
PROFESSOR: Marcus Mota
Discente: Pedro Ribeiro
Matrícula: 200085468
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TRABALHO FINAL – ANÁLISE DO PROJETO
Título Provisório: Teatro do Oprimido: uma proposta democrática de combate aos ciclos de opressões presentes na comunidade da Fercal/DF.
Palavras-Chave: Fercal; Teatro do Oprimido; Teatro em Comunidade;
A pesquisa:
Através da metodologia do Teatro do Oprimido espero, juntamente com a comunidade da Fercal/DF, destacar opressões diversas presentes nessa região e após essa constatação a ideia é construir algum material cênico que possa ser apresentado na própria comunidade.
Questão bibliográfica:
Através das ferramentas apresentadas na disciplina de Metodologia da Pesquisa pude encontrar outros materiais que dialogam com esse projeto, sendo estes conectados à dados geográficos sobre a Fercal, à prática do teatro feito em comunidade, reflexões acerca do que vem a ser periferia, a dinâmica cultural de uma região periférica, pensamentos diversos sobre o Teatro do Oprimido e Augusto Boal. No pré-projeto pontuei Carolina Bertanha, que evidencia aspectos diversos sobre a região da Fercal, Augusto Boal e Bárbara Santos, que se debruçam sobre a metodologia do teatro do oprimido e sua práxis, Paulo Freire e a sua pedagogia do oprimido, a dissertação da multiplicadora de teatro do oprimido aqui no DF Silvia Paes, Ingrid Koudela e José Junior com elementos da pedagogia teatral, Gutierrez Lôbo e José Lôbo que fazem uma reflexão sobre o machismo e suas consequências em comunidades periféricas, Djamila Ribeiro e seus desdobramentos sobre racismo, lugar de fala e feminismo negro, Rafael Villas Bôas, Eliene Rocha, Paola Pereira e Rayssa Borges sobre teatro político, formação e organização social. Para o projeto, nesse semestre, separei Jorge Larrosa e seus pensamentos sobre a prática escolar, Graça Veloso e seus apontamentos sobre a pedagogia teatral e sua possibilidade metodológica, Márcia Pompeo e seus estudos sobre teatro feito em comunidade; Iná Camargo Costa com o teatro épico de Bertolt Brecht e o próprio Bertolt Brecht com sua proposta política, Maria Henriques Coutinho e suas provocações sobre a favela como palco aberto, Milton Santos e a discussão em torno do espaço da cidadania e Jalusa Barcellos, que organiza um material riquíssimo sobre a história de luta e resistência do Centro Popular de Cultura (CPC) da União Nacional dos Estudantes (UNE).
A impressão que eu tive com essa experiência de busca através das ferramentas apresentadas na disciplina foi a de que quanto mais você busca, mais material surge e é imprescindível você não se perder no caminho e delimitar bem o seu campo de pesquisa, talvez se atentando às palavras-chaves escolhidas.
Questão Metodológica:
Enquanto metodologia, o projeto prevê as seguintes ações:
1. A revisão da literatura;
2. As aulas do mestrado;
3. Uma oficina de Teatro do Oprimido na comunidade da Fercal;
4. Convidar meus alunos e ex-alunos que são moradores da Fercal para participarem da oficina;
5. Rodas de conversa na comunidade para discutirmos sobre opressões existentes ali e possíveis ações de combate a essas opressões;
6. Ações diretas de intervenção na comunidade feitas por moradores de lá;
7. Registrar todo o processo de trabalho prático por meio de fotografias e vídeos;
8. A criação de uma página no instagram que, a princípio, será alimentada por pessoas que moram na comunidade (a ideia é apresentar a Fercal pelo olhar deles);
9. Entrevistar pessoas da comunidade;
10. Organizar de dados;
11. A escrita da dissertação;
12. Qualificação
13. Defesa;
Essas ações estão dispostas no seguinte cronograma:

Vale ressaltar que esse cronograma é o atual, logo existem algumas diferenças do cronograma/ plano de trabalho do pré-projeto, tais como:
1. A oficina de Teatro do Oprimido que aconteceria no primeiro e no segundo semestre acontecerá no segundo e terceiro;
2. O registro de todo o processo prático por meio de fotografia e vídeo aconteceria do primeiro ao quarto semestre, agora acontecerá do segundo ao quarto;
3. A criação de uma página no instagram e as postagens de materiais na mesma teria início no primeiro semestre, agora terá no segundo;
4. As entrevistas com pessoas da comunidade aconteceriam apenas no segundo semestre, no entanto as entrevistas já se iniciaram agora no primeiro semestre e irá até o terceiro (ou seja, acontecerão entrevistas do segundo ao terceiro semestre);
5. A organização dos dados, que aconteceria apenas no segundo semestre, também acontecerá no terceiro;
Estrutura provisória
INTRODUÇÃO
Capítulo 1 - A CAMINHADA ATÉ A FERCAL (Descrever a trajetória artística e pedagógica até o encontro com a comunidade; apresentar projetos executados na Fercal - espetáculo AFET(ar)SE, oficina de teatro AFET(ar)SE, espetáculo Gigante Pela Própria Natureza e oficina Gigante Pela Própria Natureza)
Capítulo 2 - A FERCAL (Apresentar a comunidade, suas características, história, significados dos nomes dos lugares, a relação das fábricas com a comunidade etc.)
Capítulo 3 - O teatro em comunidade e a relação entre comunidade e escola (os alunos do CED 02 de Sobradinho são também moradores da Fercal)
Capítulo 4 - O Teatro do Oprimido (apanhado histórico) e a oficina de teatro do oprimido na Fercal (análise do processo);
Capítulo 5 - Desdobramentos da oficina e análise de dados;
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Inquietações e coisas a definir:
A oficina de Teatro do Oprimido, que tem grande relevância no projeto, se iniciaria agora no primeiro semestre, porém, devido à pandemia de COVID-19, foi colocada no cronograma para acontecer no semestre que vem e no próximo. No entanto, não sei se semestre que vem já poderemos nos encontrar presencialmente e, assim sendo, tenho pensado em outras possibilidades, mas confesso que não tem sido muito fácil encontrar soluções, pois o sinal de internet na comunidade da Fercal não é muito bom e isso também determina muitas coisas. Talvez eu tenha que fazer alguns vídeos, enviar para os integrantes da oficina e depois pedir que os mesmos também me enviem vídeos experimentando de forma prática as provocações feitas por mim. Ainda é uma questão!
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