Exercício 1 - Estudo de teses [Jaqueline Silva]

 Exercício 1 - Estudo de teses

Método: busca na Plataforma Sucupira teses com a palavra "artivismo". Foram encontradas três teses:


Título

Performance como ação contestatória em Belo Horizonte 2007 - 2015: a performance Real. (UFMG, 2017)

Autoria

ISAQUE RIBEIRO

Palavras-chave

performance artivista;protesto político, arte da performance, estudos da performance.

Forma de organização

1.       Ativismo e performance, 2. Performance e artivismo, 3. Performance artivista em BH entre 2007 e 2015, 4. Real

Metodologia

Performance como ferramenta de análise metodológica, “improvisação como espetáculo” (Muniz, 2015).

Resultados

Esta pesquisa pretende verificar de que maneiras os movimentos de resistência política e social (práticas ativistas) têm se apropriado de configurações estéticas potencialmente criativas para difusão de seus propósitos de contestação, ao passo em que, conjuntamente, explora a presença de engajamento político e social em ações artísticas performáticas contemporâneas. Seu objetivo é traçar uma reflexão teórico/prática sobre a articulação arte/política partindo da abordagem de práticas de ativismo marcadas por um chamativo “tom cênico”, bem como de performances artísticas vinculadas à vida cotidiana e ao social e que fazem das questões políticas seu tema e/ou compromisso manifestos, avaliando seus modos de experimentação estética e expressão política sob a lente de análise dos estudos da performance. A dinamização e dissolução das fronteiras entre atividades artísticas e ativistas, representadas pelo neologismo artivismo, são ainda investigadas a partir de experimentações criativas e práticas performáticas autorais realizadas entre 2013 e 2016 nas cidades de Belo Horizonte (MG) e Nova Iorque (NY).

Bibliografia

Predominantemente livros. 0 teses, 4 dissertações, 11 revistas

Aspectos relevantes

Não há muito detalhamento sobre a metodologia da pesquisa, apenas sobre o processo criativo do autor

 

 

Título

Arte, ativismo e espaço urbano na Baía de São Francisco através das ações do Queer Women of Color Media Arts Project – QWOCMAP. (2017, UFSC)

Autoria

GLAUCO BATISTA FERREIRA

Palavras-chave

Movimentos sociais LGBTQIA contemporâneos;Arte, ativismo e artivismo;Espaços urbanos na Baía de São Francisco;Cinema e representações feministas, trans e queer of color;Relações étnico-raciais, de gênero e sexualidade nos Estados Unidos.

Forma de organização

1.       Acessando o QWOCMAP e as disputas pelos espaços urbanos na Bay Area, 2. O QWOCMAP e mulheres, lésbicas, pessoas queer, e trans of color, 3. Performando comunidades em San Francisco – um festival de cinema para mulheres, lésbicas, pessoas queer, e trans of color, 4. Etnografando treinamentos fílmicos em Ricmond (CA), 5. Considerações em torno do artivismo do QWOCMAP através de uma análise fílmica.

Metodologia

Etnografia, filmografia

Resultados

Esta tese se constitui em um estudo etnográfico sobre as práticas e discursos do Queer Women of Color Media Arts Project - QWOCMAP, Organização Não-Governamental (ONG) sediada na Baía de São Francisco, nos Estados Unidos. Suas integrantes realizam treinamentos fílmicos, criam filmes e organizam anualmente um festival de cinema para a exibição desta produção audiovisual. Este grupo aglutina e faz parte de coletividades que se autoidentificam como integrantes de movimentos sociais feministas, de mulheres lésbicas, de pessoas queer e trans of color. Inspiradas nas propostas de feminismos da diferença, o coletivo nutre concepções locais em torno do que denomina como artivismo, um neologismo e uma prática que reúnem arte e ativismo. O grupo incentiva processos de subjetivação e modos de construção performáticos de “comunidades” QTWPOC (queer, trans, women and people of color) de um modo a ocupar os espaços públicos urbanos e ganhar visibilidade. Suas iniciativas e criações buscam desenvolver modos alternativos de representar estes sujeitos “marginalizados”, ao mesmo tempo em que imaginam futuros possíveis e nutrem formas de promover justiça social através da arte e do ativismo. A presente investigação se baseou em experiência de trabalho de campo de um ano junto a esta ONG, atuando como parte de sua equipe interna ao longo de seus fazeres cotidianos, durante seu festival de cinema e de um de seus workshops de treinamentos audiovisuais, realizado na cidade de Richmond, na Califórnia, em 2014. A pesquisa se realizou através de observação-participante sistemática, na problematização de conversas e entrevistas promovidas com suas integrantes, diretoras/es e parceiras/os, na análise de materiais impressos/digitais e de filmes e vídeos por ela/es produzidos. Nas elaborações aqui propostas descrevo e analiso: a cena ativista e o contexto sociocultural na região da Baía de San Francisco nas lutas contra a gentrificação; o processo de produção de um festival de cinema e sua realização; o contexto de produção de filmes através de um curso de treinamento fílmico; as dinâmicas e processos de identidade e subjetivação catalisados através da produção fílmica e do festival; e as perspectivas locais concernentes ao seu artivismo, nutrido em torno de noções de transformação e justiça social através da ocupação de espaços públicos para construção de “comunidades” QTWPOC.

Bibliografia

Extensa, predominantemente livros. 2 teses, 2 dissertações, 9 revistas.

Aspectos relevantes

Etnografia extremamente detalhada, utilizada como roteirização.

 

Título

PEDAGOGIA DO SUBTERRÂNEO: narrativas trans, éticas, estéticas e políticas dos e nos cotidianos escolares (2017, Universidade de Sorocaba)

Autoria

EDER RODRIGUES PROENCA

Palavras-chave

Pedagogia do Subterrâneo. Pedro Lemebel. Cotidiano Escolar. Narrativas Trans. Atravessamentos

Forma de organização

1.       Introdução: atravessamentos para adiar o fim do mundo, 2. Esboço de uma bio:grafia ou ‘eu não nasci para ser muro em branco não’, 3. Narrativas trans: das margens ao subterrâneo e vice-versa. Considerações metodológicas. 4. Miradas de uma viagem: experiências transnacionais. 5. Outras viagens: idas e vindas do pesquisador no cotidiano. 6. Pedro Lemebel: uma leitura das margens. 7. Diálogos atravessadores I: do panorama político brasileiro às perspectivas marginais. 8. Diálogos atravessadores ii: estéticas e poéticas outras para alargar as margens e fazer emergir os subterrâneos. 9. Narrativas trans: pedagogia do subterrâneo dos e nos cotidianos escolares. 10 Considerações finais.

Metodologia

“Pesquisador conversador no cotidiano” (Spink, 2008): “noção de microlugares, a ideia de campo-tema e do pesquisador como parte da pesquisa e não como mero observador que precisa se distanciar de seu campo para produzir, imparcialmente, 50 os resultados”.

Resultados

O presente trabalho tem o objetivo de apresentar o conceito de pedagogia do subterrâneo, criado a partir das leituras realizadas ao longo da trajetória de pesquisa e das vivências nos e dos cotidianos escolares. O recurso metodológico construído foi o das narrativas trans, a partir das conversas no cotidiano e do uso das narrativas, cujas bases teóricas são Peter Spink, Marcos Reigota, Luciana Kind, Rosineide Cordeiro, entre outros. A reflexão sobre o panorama político atual; o diálogo com jovens pesquisadores, interlocutores do grupo de pesquisa Perspectiva Ecologista em Educação, da Universidade de Sorocaba; o artivismo de Bené Fonteles e o radicalismo da produção literária do autor chileno Pedro Lemebel, são atravessados pelas idas e vindas do pesquisador, no Brasil no exterior, e foram fundamentais para a discussão e o embasamento do conceito. Finalmente, apresenta-se um conjunto de trajetórias e narrativas trans que apontam a pedagogia do subterrâneo acontecendo no cotidiano escolar. Tal pedagogia não se conforma às macropolíticas, ela acontece nas relações cotidianas mais imediatas, considerando os sujeitos e suas diferenças.

Bibliografia

Muitos filmes (15). 0 teses, 9 dissertações, 30 revistas,

Aspectos relevantes

Aprofundamento do micro, do sensível.

 


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Exercício I - Estudo de Textos Acadêmicos - Fernanda Pimenta

ANÁLISE DO PRÉ-PROJETO DE PESQUISA

ENTREVISTA com Maku Fanchulini e Pepa Plana - por Fernanda Pimenta