AUTOAPRESENTAÇÃO - Pedro Ribeiro
- Pedro Ribeiro Sousa
- E-mail: pitherpedro@gmail.com
- Telefone: (61)98104-3990
- Instagram: @pedrosovisk
Sou licenciado e bacharel em Artes Cênicas pela Faculdade de Artes Dulcina de Moraes - FADM e em 2018 finalizei a especialização em Direção Teatral pela mesma instituição. Desde 2012 atuo como professor de Arte pela Secretaria de Educação do DF e há cinco anos estou lotado no Centro Educacional 02 de Sobradinho (escola de ensino médio que recebe alunas e alunos moradores da Fercal/DF). Comecei minha trajetória em 2001, quando entrei em um grupo de Teatro Infantil em Sobradinho DF (Grupo Carruagem de Teatro) e desde então tenho feito trabalhos na área das Artes Cênicas. De 2013 a 2019 integrei o Grupo Sutil Ato de Teatro e nesse período tive a oportunidade de vivenciar uma pesquisa aprofundada sobre a violência presente nas obras do dramaturgo Plínio Marcos. Essa pesquisa teve como resultado 04 espetáculos em que tive o prazer atuar: Autópsia I, II, III e IV, ambos dirigidos por Jonathan Andrade. Tive a honra de ser dirigido, também, por outras e outros artistas que me provocaram a pensar o lugar da cena como um espaço de jogo e risco: Júlia Do Vale, Graça Veloso, Hugo Rodas, Francis Wilker, Cleber Lopes, Alice Stefania etc.
Em 2008 tive contato com a metodologia do Teatro do Oprimido através da professora Ma. Silvia Paes e desde então comecei a compreendê-la como uma ferramenta potente de trabalho, sobretudo na escola. Em 2011 decidi conhecer de perto o Centro de Teatro do Oprimido, no Rio de Janeiro e lá fiz os meus dois primeiros cursos com os multiplicadores Geo Brito e Claudete Felix: Curso de Teatro-Fórum com montagem e apresentação de cenas e o Curso Diálogos Culturais e Multiplicação Comunitária. No ano passado, com o apoio do Fundo de Apoio à Cultura - FAC/ DF pelo Edital Permanente Conexão Cultura DF consegui voltar ao CTO para fazer mais três cursos: Curso de Introdução à Estética do Oprimido, ministrado por Claudia Simone e Cachalote Mattos; Curso de Aprofundamento: A Multiplicação: O papel do Curinga, ministrado por Marcela Farfan Reccia e Monique Rodrigues e Curso de Introdução ao Teatro- Fórum, ministrado por Eloana Gentil e Gabriel Horsth. Foi uma experiência enriquecedora.
Tem cinco anos que atuo como professor de Arte no CED 02 de Sobradinho e durante esse tempo conseguimos montar três espetáculos teatrais em que tive o privilégio de assinar a direção: Gigante Pela Própria Natureza, Penha e NÓ(S).
Gigante Pela Própria Natureza - espetáculo que propõe reflexão sobre racismo e periferização, sobre o cidadão e ‘‘filho da terra’’ que não se vê acolhido pela pátria, dita mãe gentil. Nos apresentamos no próprio CED 02, no Teatro de Sobradinho durante a I Virada Pedagógica organizada pela SEEDF, na Regional de Ensino de Sobradinho durante a Mostra Pedagógica, no Espaço Cultural Renato Russo pelo Festival Cena Universitária Nacional de Brasília - CÉU, no Teatro da Escola Parque da 308 Sul pelo FESTA - Festival Estudantil de Teatro Amador e com o apoio do Fundo de Apoio à Cultura - FAC fizemos uma circulação por algumas comunidades da Fercal - DF.
Penha - Espetáculo que relata a história de Maria da Penha até o surgimento da Lei com mesmo nome (11.340/ 2006). Nos apresentamos no próprio CED 02, no Teatro de Sobradinho durante a II Virada Pedagógica organizada pela SEEDF, no CEF 04 de Sobradinho e no Teatro da Escola Parque da 308 Sul pelo FESTA - Festival Estudantil de Teatro Amador.
NÒ(S) - Espetáculo que possui como tema machismo e a violência contra a mulher. Fomos convidados a integrar um projeto de combate ao machismo nas escolas criado pela Associação das Mulheres de Sobradinho II - AMS II. Nos apresentamos em três escolas e por conta da pandemia o projeto está parado.
Chegar no CED 02 de Sobradinho em 2016 e conviver com alunas e alunos moradores do Engenho Velho, da comunidade do Queima Lençol, Boa Vista, Bananal, Ribeirão (comunidades da Fercal) etc. me fez querer conhecer a região de perto. Escrevi um projeto de apresentação de espetáculo e oficina para a comunidade do Engenho Velho em 2018 (AFET(AR)SE) e desde então minhas idas à Fercal se tornaram mais frequentes, pois consegui executar com parceiros incríveis outros projetos de teatro na comunidade. Me apaixonei pelo lugar e pelas pessoas, que apesar de serem fortes e conscientes politicamente lidam diariamente com o abandono do Estado. A Fercal vai completar agora neste mês 64 anos de existência, mas só em 2012 conseguiu se tornar uma Região Administrativa (31º RA), no entanto ainda é possível encontrarmos lugares na região que não tem luz elétrica, que a água é salobra, não tem delegacia, não tem escola de ensino médio no turno diurno, não tem hospital etc. Acredito que apresentar o teatro do oprimido para a essa comunidade vai fortalecer a luta dessas pessoas.
O título do meu projeto de pesquisa é "Teatro do Oprimido: uma proposta democrática de combate aos ciclos de opressões presentes na comunidade da Fercal/ DF" e com esse projeto pretendo me juntar à comunidade (alunos e ex alunos, mães, pais, irmãs etc.) para identificar, debater, questionar, aprender etc.
Como escrevo no projeto, acredito que esta será a maior experiência pedagógica da minha vida.
AFET(ar)SE
AUTÓPSIA
GIGANTE PELA PRÓPRIA NATUREZA
NÓ(S)













Comentários
Postar um comentário