Autoapresentação: Deborah Dodd Macedo

Deborah Dodd Ferrez Alves de Macedo 


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Sonhares, 2019, com Deborah Dodd. Foto: Bressani


 

1. Histórico em arte e pesquisa em artes, um exercício de memória e rastros:

 

Desde a infância, a dança significa, para mim, o modo que escolhi para experienciar a vida e me relacionar com o mundo. Ao longo dessas décadas venho desdobrando experiências artísticas, pedagógicas e de pesquisa em dança e movimento. Comecei minha carreira em dança aqui em Brasília, inicialmente na dança clássica com Yara de Cunto e, alguns anos mais tare, dançando na a extinta companhia Ballet Brasília, de direção de Gisele Santoro. Porém, foi principalmente com a entrada no GedUnB em 1988, com direção de Yara de Cunto, Luis Mendonça e Hugo Rodas, que um campo de vivências mais especificas, em movimento, começou a se abrir para mim. 1988 também foi o ano que ingressei no curso de Licenciatura em Arte Cênicas. O trabalho com GedUnB me levou para Washington em 1991, e acabei morando nos Estados Unidos até 1998 nas cidades de Washington, Boston e Nova York. Lá dancei em companhias como The Place, North Atlantic Ballet, Bill T Jones and Arnie Zane Dance Company, Amy Pivar Dances, Jennifer Muller/The works e American Dance Ensemble.  

Entre os anos de 1995 e 1996, atuei como coreógrafa profissionalmente junto ao departamento de multimídias da New York University, onde colaborei em vários projetos transmidia. Em 1996, crie em companhia com o compositor português Carlos Guedes, um grupo chamado D-Version e produzimos e viajamos com nossos trabalhos até 2002. Em 1998, eu me mudei para Copenhague, Dinamarca, onde morei até 2012 atuando como interprete criadora em diversas companhias de dança contemporânea, as principais delas sendo Danish Dance Theater Living Creatures Dance TheaterComo professora lecionei na Danish National School of Performing Arts (Curso de nível superior) entre 2010 e 2012, na Copenhagen Contemporary Dance (curso de nível médio) entre 2004 e 2015 e na casa dos profissionais da dança de Copenhague e de Malmö (Suécia), assim em diversas capitais europeias. 

Meu interesse pela pedagogia da dança a partir de processos coposicionais me levou a obter o diploma de Dança Educação pelo Dance Education Laboratory, na 92nd Street Y, Nova Iorque, em 1998. Tive a alegria de me aprofundar na pedagogia a partir de processos coreográficos dando aulas com Ellen Robins no prestigioso Teatro DTWDance Theater Workshop, em Nova Iorque. 

Em 2003 completei o curso de pós-graduação em Pedagogia Perceptiva do Movimento, na Universidade Moderna de Lisboa. A partir daí, encontro no campo somático um terreno fértil para práticas e pesquisas da dança. Em 2005, na mesma Universidade, completo outro curso de pós-graduação, na mesma área de estudos, e obtenho o diploma de Somato-psicopedagogia. Ambos os cursos estão associados ao CERAP (Centre d’Etude et de Recherche Appliqué em Psychopedagogy perceptive), e dirigidos pelo professor francês, Danis Bois, criador da Fasciterapia e da Somato-psicopedagogia. Entre 2005 e 2007, pesquisei a aplicação desses estudos na prática do dançarino contemporâneo, obtendo o grau de Maitre pela Universidade Paris VIII com o titulo do memorial: O Desenvolvimento do Movimento Sensível na Prática do Dançarino Contemporâneo através da Pedagogia Perceptiva do Movimento, sob a orientação de Jean-Marie Pradier e Claude Amey. Em 2004 abri meu próprio estúdio de reelaboração corporal Casa Movimento, onde trabalhava com todas essas práticas. O estúdio se fechou somente em 2015, já aqui em Brasília.

Ao retornar para o Brasil em fevereiro de 2012, continuei entrelaçado as práticas da cena, da pedagogia e da pesquisa em dança. Em 2015 ingresso como professora no curso de Licenciatura em Dança do Instituto Federal de Brasília, onde, além de ministrar aulas em dança clássica, composição coreográfica, metodologia do ensino da dança  e elementos do movimento, coordenei quatro encontros de dança educação e de composição coreográfica chamados Encontros Brasil Dinamarca de Dança Educação. Também no IFB, junto com a Professora Ana Carolina Mendes, fundamos em 2016 o Grupo de Pesquisa em Dança Educação, que atualmente se dedica a oferecer o segundo ano do curso FIC: Sensibilização para o movimento através da dança, para os professores da rede do DF, juntamente com a EAPE.

Em 2018, conclui o curso de Mestrado em Artes Cênicas na UnB, com o trabalho: Conhecer em Movimento a partir da Cocriação Sensível: uma abordagem experiencial para a dança. Com a orientação da profa. Rita de Almeida Castro, minha atual orientadora de doutorado. Com essa pesquisa, encontrei uma forma pontilhista de entrelaçar pesquisa, arte e vida que, desde então, vem potencializando o meu desejo de seguir uma carreira acadêmica. Compartilhei a pesquisa de mestrado em três publicações e três congressos, dois deles internacionais. O DACI, que é um encontro internacional e tri-anual de Dança Educação, vem pautando minhas ações em dança desde 2011. Em 2018 ele aconteceu na Austrália, onde tive o prazer de comparecer e compartilhar um momento único de pesquisa com vários colegas da dança e pretendo em 2021 estar presente e apresentar a atual pesquisa por lá.

 Hoje participo dos grupos de pesquisa da UnB: Imagem e(m) Ação, coordenado pela Profa. Luciana Hartmann; e Poéticas do Corpo, coordenado pelas professoras Rita de Almeida Castro e Alice Stefânia. Em 2019, ingressei como pesquisadora no grupo de pesquisa coordenado por Ciane Fenrandes, na UFBA, no projeto Imersão como Pesquisa.  Também em 2019, ingresso como professora no departamento de Artes Cênicas da UnB, onde ministrei por três semestres aulas de Movimento e Linguagem 1 e 4, Metodologia de Ensino do Teatro e Interpretação teatral1.

Em 2019, participei como interprete criadora do espetáculo Sonhares, uma produção do Teatro do Instantesob a direção artística de Rita de Almeida Castro. Esse trabalho será uma das três práticas composicionais que estarei estudando em meu projeto de doutorado. As outras duas práticas aconteceram no âmbito do projeto Politicas da Natureza em Movimento PoN-M, que venho desenvolvendo desde 2018 juntamente com artistas, pesquisadores, professores de Brasília, Dinamarca, Holanda e África do Sul. Em Brasilia coordeno esse projeto com mais três mulheres, Ana Arruda (Sétima produçoes), Denise Augustinho (Doutoranda do CDS - UnB), Maria Siliva (Secretaria do meio Ambiente). Contamos com o apoio do Instituto Cultural da Dinamarca e das embaixadas da Holanda e França para criarmos metodologias, dinâmicas e materiais audiovisual que deem suporte para as nossas ações de unir  a dança e as artes computacionais de forma a trabalharmos com o jogo Politicas da Natureza de forma imersiva e colaborativa junto a vários órgãos ambientais da cidade, escolas e comunidades urbanas e rurais.

 

2. Projeto de pesquisa

 

O título da minha pesquisa é:  Águas Semoventes: Três práticas composicionais em campo coreográfico expandido a partir da ecocriação sensível.

O que move a minha pesquisa são práticas artísticas que conectam os seres humanos a si e ao meio ambiente, a fim de contribuir para o desenvolvimento de processos composicionais e de ensino-aprendizagem de dança e de teatro. A tese é que, a partir de interdependências corpo-ambiente e das subjetividades que elas engendram, possamos acessar outros futuros artisticamente ecocriados

A pesquisa tem como campo de investigação três práticas composicionais de movimento em ambientes fluidos. Nelas, a presença da água, enquanto sujeito semovente, ou seja, que se move por si mesma, é facilitada pela Ecocriação Sensível – abordagem que busco delinear como sendo uma via facilitadora da cocriação corpo-ambiente (Ecocriação), a partir de informações sensório-motoras (Sensível). As práticas que formam essa tríade composicional são: um solo criado para o espetáculo teatral Sonhares (2019); um projeto de imersão ambiental Politicas da Natureza em MovimentoPoN-M (2018-2019) e a realização do curta de realidade virtual, Viva Água (2019). Segue algumas imagens desses projetos.

 

 3.  materiais/links/imagens que acompanhem estas informações;


Rastros em Traços: https://deborahdodd.blogspot.com/2020/09/blog-post_7.html


Sonhares, 2019: https://vimeo.com/454031977 

 

Trecho da arte computacional do curta Viva Água: 

Arte computational https://vimeo.com/455776302  

Imagem final: https://www.youtube.com/watch?v=iRGMJzLQ5EI&feature=youtu.be 


Dançando nos campos selvagens da experiência vivida:

https://www.youtube.com/watch?v=Xnb-tlvzA2s&feature=youtu.be 


Vestígios, Performance para a terra. 2017:  https://www.lilibethcuenca.com/vestigios/   


Desdobrando Sementes, Performance para os céus, 2017: https://www.lilibethcuenca.com/desdobrando-sementes/


Dança DK: https://www.danishculture.com/theme/danca-dk/ 


Encontro Brasil- Dinamarca: https://m.facebook.com/aymt/multi_click/?tip_id=1551195868242426&channel_id=1271445599577751&target=click&redirect_url=%2FEncontro-Brasil-Dinamarca-186774088473077%2F%3Fmsite_modal%3Dcomposer&ref=content_filter

 

Artigos:

MACEDO, D.D; SVENDLER-NIELSEN, C.; BURRIDGE, S.; Robinson Ken:
Dancing Across Borders: Perspectives on Dance, Young People and Change. Oxon: Routledge, 2020, v.1. p.196-199. 
   ISBN: 1000768775.  Disponível em: https://www.routledge.com/Dancing-Across-Borders-Perspectives-on-Dance-Young-People-and-Change/Nielsen-Burridge-Robinson/p/book/9780367442590  

BOLSANELLO, D. P.; MACEDO, D.D; PEES, A. A.; GAIARSA, A.; SANTOS, A.; ADEODATO, B.; PEDONE, D.; PIZARRO, D.; BORGES, F. C.; LIMA, J. A.; MILLER, J.; JUROWSKY, L.; TEIXEIRA, L.; STRAZZACAPPA, M.; POPPE, M. A.; NEVES, N.; CLARO, R.; RENHA, R.; NOBRE, S.; QUELHO, T. Educação Somática e seus pioneiros no Brasil – Volume III. Curitiba: Juruá, 2020, v.3. p.250. Palavras-chave: Educação, Linguagem Corporal, Arte e EducaçåoISBN: 9788536293653. Disponível emhttps://www.jurua.com.br/shop_item.asp?id=28336 

MACEDO, D.D; PIZARRO, D.; VILELA, L. F.

Cocriação Sensível: a elaboração de uma abordarem da dança em diálogo com a somato- psicopedagogia. In: II ENCONTRO INTERNACIONAL DE PRÁTICAS SOMÁTICAS E DANÇA, 2018, Braslia. Anais do I Encontro Internacional de práticas somáticas e dança: Body-Mind CenteringTM em Criação, Pesquisa e Performance. Brasilia: IFB, 2019. v.1. p.61 - 72. Disponível em: http://revistaeixo.ifb.edu.br/index.php/editoraifb/issue/view/113  


  




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