AUTO APRESENTAÇÃO - IVANA MOTTA
Ivana Delfino Motta
(61) 9 8349-3014
Minha história na dança começa em de São Paulo, minha cidade natal, vendo a prática sagrada da minha madrinha, mãe de santo, e observando (e arriscando mover também) os xirês, os tambores, os corpos, os orixás, os gestuais, o encantamento, a magia, os mistérios...
Sou graduada em Dança pela UNICAMP, fiz bacharelado e licenciatura.
Finalizei a formação universitária em 2001 e retornei à cidade de São Paulo onde continuei minha formação participando de cursos livres, oficinas, workshops de muitas técnicas corporais e produção/gestão cultural. Trabalhei em companhias de dança como intérprete, criadora, assistente de direção, produtora, algumas Cias pequenas e com características mais próximas à formação de elenco para execução de projetos e algumas mais estabelecidas e com continuidade nos cenários culturais paulistanos como a Cia Corpos Nômades, Cia Daniela Stasi, e Célia Gouvêa Grupo de Dança por exemplo. Criei trabalhos autorais na Cia Eu Com Ela (com 6 anos de trabalhos continuados) onde vivenciei uma parceria produtiva com a artista da dança e circense Mariana Duarte. Fui arte/educadora em espaços de educação formal e não formal em Taboão da Serra e Embu das Artes, dois municípios da grande São Paulo. Em 2011 mudei para a cidade do Recife, e tive uma forte experiência em gestão cultural compondo a equipe de cultura do Sesc Pernambuco durante 5 anos, coordenando o setor de cultura da unidade Sesc Piedade e gerindo projetos da rede Sesc local (Congresso Internacional Sesc de Arte/Educação, Aldeia Yapoatan, Transborda -Artes da cena...) e nacional (Como Palco Giratório, Sonora Brasil, Sesc Dramaturgias, Cine Sesc...) Pernambuco me oportunizou contatos preciosos com vivências muito especiais na capital, região metropolitana, nos sertões, nos agrestes, com mestras, mestres, brinquedos e brincantes.
Tive a oportunidade de dirigir durante 4 anos o Grupo Corpore de Dança, fizemos várias criações entre elas o espetáculo “Cárcere” de 2016, que foi apresentado em diversos palcos do Estado de Pernambuco, se mantendo em circulação continuada até 2018. Trabalhei com preparação corporal para a cena em cursos profissionalizantes de teatro, atuando também com artistas musicais que queriam entender caminhos do corpo para potencializar e ampliar a sua experiência de palco.
Em 2017 cursei uma especialização na área de gestão e políticas culturais pelo Itaú Cultural e em 2018 mudei para Brasília, onde compus a equipe de gestão do Centro de Dança do DF naquele ano. Em 2019 fiz a preparação corporal da artista Cleani Marques no espetáculo Holotramas, sob a direção de Eufrásio Prates.
Faço parte do Ajuntamento Artístico Abrindo a Sala onde desenvolvemos o projeto CoLab Performações e integro a equipe de gestão da Casa Esquina Criativa, na Candangolândia. Componho também o grupo de alunos da turma 2020 do curso de Especialização em Estudos Contemporâneos em Dança oferecido pela faculdade de Dança da UFBA.
Minha proposta de pesquisa é intitulada como “Dança Sankofa- Por um caminho afro referenciado para o estudo do corpo co-movente”, onde desejo adentrar campos de mandinga para organizar um conjunto metodológico de ações/reflexões para uma pesquisa corporal afro referenciada, baseada em epistemologias filosóficas afro perspectivadas interconectadas com matrizes/motrizes (LIGIÉRO, 2011) de movimentos/princípios das práticas somáticas, capoeira, danças afro brasileiras, danças contemporâneas (meu repertório/vivência). Questiono como tais bases epistemológicas/ontológicas podem estimular uma escuta do Ser corpo co-movente, gerando um engajamento por meio da dança (para além de uma técnica ou estética específica) construindo caminhos investigativos em processos sensíveis/poéticos/políticos, criativos, performativos e/ou educacionais na área da dança e outras artes cênicas/performativas. Esses são os desejos iniciais… flexíveis, transformáveis, inacabados, inacabáveis.
https://www.abrindoasala.com/colab
Comentários
Postar um comentário